O primeiro encontro profissional com Walcyr Carrasco aconteceu em 2002 por conta da segunda versão de “O Sítio do Picapau Amarelo”, um projeto que ele assumiu a autoria. Walcyr me conheceu em um evento literário e algum tempo depois me convidou para ser colaboradora no programa.
A sintonia foi bacana. E quando Walcyr substituiu Benedito Ruy Barbosa em “Esperança”, ele me chamou novamente. Assumimos a novela a partir do capítulo 149. Em 2003, a parceria se manteve na novela “Chocolate com Pimenta”. Walcyr Carrasco queria fazer uma história inspirada nos personagens de Molière, um dos mais importantes dramaturgos franceses. Por sinal, a gente leu a obra toda do Molière. Se você observar, os diálogos têm um gostinho de Molière.
Dois anos depois, fui colaboradora de Walcyr em “Alma Gêmea”. E aí, durante uma viagem após a novela, eu recebo uma ligação dele. Agora, o convite era para eu trabalhasse no remake de “O Profeta”, de Ivani Ribeiro, junto com Duca Rachid, também colaboradora de Walcyr.
Então, eu devo muito da minha carreira ao Walcyr Carrasco. Ele tem uma percepção aguçada. Trabalhou separado comigo e com Duca e percebeu que a gente tinha a ver. Nós duas sentamos para escrever e foi uma coisa estranha porque fluiu de uma maneira tão incrível que parecia que nos conhecíamos há mil anos.